Transplante de córnea

Você provavelmente já deve ter ouvido falar sobre o transplante de córnea, certo? Essa cirurgia é realizada em uma série de casos em que se identifica uma doença ocular na córnea. Algumas das dúvidas mais comuns são em quais casos o transplante se aplica e como funciona o procedimento em si. Pensando nisso, vamos abordar nesse texto as dúvidas mais comuns sobre o tema.

O que é a córnea

A córnea é um tecido transparente que fica na parte da frente do olho.  Ela é responsável por grande parte do foco da visão. Os transplantes permitem que pessoas com alguma deficiência visual por problemas de córnea recuperem a visão.

Como é feito o Transplante de córnea

Durante um transplante de córnea, o botão (ou disco) central da córnea opacificada (embaçada) é trocado por um botão central de uma córnea saudável. Esta cirurgia pode recuperar a visão em pessoas que têm alguma deficiência visual por problemas de córnea.

Existem duas técnicas utilizadas para o transplante da córnea:

  • Transplante Penetrante — na técnica penetrante, toda a espessura da córnea é substituída. Com o auxílio de uma lâmina (trépano), é feito um corte circular de cerca de 8 a 9 milímetros de diâmetro para remover o tecido. Em seguida, pinças posicionam cuidadosamente a nova córnea doada, fixando-a por meio de pontos de náilon, menores do que um fio de cabelo. O procedimento é indolor e é aplicado anestesia no local.
  • Transplante Lamelar — na técnica lamelar, apenas uma parte da córnea é removida, preservando outros componentes do tecido corneano. Para cirurgias de ceratocone, é indicado o chamado transplante lamelar anterior, no qual é removida apenas a camada mais externa da córnea (estroma), mantendo o endotélio do paciente. O procedimento é menos invasivo, e diminui as taxas de rejeição da córnea doada.

Vale ressaltar que é o médico quem irá indicar o melhor tratamento, a depender da doença ou irregularidade que afetou a córnea.

Quando é recomendado o transplante?

O procedimento é indicado em patologias associadas à curvatura da córnea, como alguns casos de ceratocone, ceratopatia bolhosa, úlcera de córnea, leucomas corneamos, entre outros. O mesmo pode ser recomendado em casos de transparência e regularidade perdidas da córnea. Caso as lentes não estejam mais funcionando, o transplante de córnea é indicado para que a membrana doente seja substituída por uma saudável.

Cuidados no pós-operatório

Após a cirurgia do transplante de córnea normalmente não há dor, no entanto, algumas pessoas podem ter maior sensibilidade à luz e sensação de areia nos olhos, no entanto essas sensações normalmente desaparecem ao longo do tempo.

É importante adotar alguns cuidados após o transplante de córnea para evitar a rejeição e possíveis complicações, sendo recomendado:

  • Repousar durante o 1º dia;
  • Não molhar o curativo;
  • Utilizar os colírios e remédios receitados pelo médico, após a retirada do curativo;
  • Evitar esfregar o olho operado;
  • Usar a proteção acrílica para dormir para não pressionar os olhos;
  • Utilizar óculos de sol quando exposto ao sol e também dentro de casa quando as luzes estiverem acesas (se incomodar);
  • Evitar fazer exercício físico na primeira semana após o transplante;
  • Dormir para o lado contrário ao do olho operado.

Durante o período de recuperação do transplante de córnea, é importante que a pessoa esteja atenta ao aparecimento de sinais e sintomas de rejeição da córnea, como olho vermelho, dor ocular, diminuição da visão ou sensibilidade excessivo à luz, sendo importante consultar o oftalmologista para que seja feita avaliação e possa ser tomada a melhor atitude.

Após o transplante é imprescindível comparecer nas consultas oftalmológicas de forma regular para que a recuperação seja acompanhada pelo médico, garantindo dessa forma o sucesso do tratamento por completo.

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